sexta-feira, 30 de abril de 2010

Contexto Histórico dos avanços do mercado


O mundo veio sofrendo mudanças que marcaram a história da humanidade. Desde a época do descobrimento das Américas, a globalização vem difundindo-se cada vez mais em todo planeta.
A globalização surge com o papel de estreitar relacionamentos entre países. O cruzamento de várias economias no mercado mundial, fez com que diversos países conquistassem suas independências comerciais, além também de promover avanços tecnológicos em prol da população.
Pode-se afirmar que a globalização está inserida em quatro cenários, causando impactos de acordo com a velocidade de sua mudança. Esses cenários, segundo Baumann (1996, p.34), são:

i. Financeiro: correspondem a: (a) um aumento do volume de recursos; (b) um aumento da velocidade de circulação de recursos; (c) a interação dos efeitos de a e b sobre as diversas economias. As interações dessas causas podem significar tanto um crescimento se for levado em conta os antecedentes de mercado e com uma visão projetada de aproveitamento para com o futuro, mas, também possa ser um fator de risco, visto que movimentos muitos rápidos possam gerar especulações desnecessárias ou até mesmo precipitações erradas de mercado;
ii. Comercial: a globalização é compreendida pelo crescente da demanda e da oferta pelos países, gerando assim um ciclo de comercio onde um depende do outro. É a lei da oferta e da procura, onde os produtos são comercializados de acordo com sua demanda de cada região. É o equilíbrio entre oferta e procura. Sendo que essa atividade acaba gerando um custo alto, com pesquisas e desenvolvimento de produtos que se enquadrem no perfil dos consumidores de cada localidade e de acordo com a cultura local;
iii. Produtivo: com a globalização, observa-se uma convergência no processo produtivo entre as empresas, gerando certa semelhança tanto na produtividade, no administrativo, ou no setor de vendas. Esse tipo de convergência vem se tornado freqüente entre as empresas nos últimos anos;
iv. Institucional: a globalização influencia a convergência, ocasionando uma igualdade nos diversos setores nacionais. Criando assim de um lado um grupo forte que entram em contrapartida com o poder das nações;

Isto posto, a globalização pressupõe a geração de oportunidades aos países que as souberam aproveitar com vistas ao crescimento econômico. A interligação entre mercados força a inter-regionalização que as empresas tiveram de desenvolver através de técnicas de adaptação, caso quisessem conquistar outros mercados. Pari passu, a globalização gera uniformidade, pois muitos países são dependentes de superpotências.
Em interpretação prospectiva, a globalização se apresenta com um novo cenário de oportunidades por conta da velocidade da informação e pela liquidez referente ao âmbito macroeconômica. Pelo fator de como ela emerge no mercado internacional bem como sua velocidade de deslocamento, se não houver uma regulamentação disciplinadora, pode gerar altas taxas de juros e cambio descontrolado comprometendo assim a economia de um país.
O novo cenário da globalização foca no aspecto de que toda ação do Estado deve estar voltada para a competitividade internacional. Então a globalização força a pressão em cima dos governantes a fim de maior participação no mercado mundial para que, por exemplo, a tecnologia de um país consiga acompanhar os freqüentes avanços que a humanidade desenvolve. A seguinte questão faz movimentar a economia nacional, gerando maiores oportunidades para a população, ao mesmo tempo em que abre as portas do mercado internacional para novos entrantes.
Outro fator que influenciou bastante os avanços da humanidade foi a Revolução Industrial, em meados o século XVIII, considerada o marco principal para a comercialização entre os continentes e integração entre todos os tipos de mercados.
Os historiadores relatam duas fases da Revolução Industrial que marcaram o crescimento tecnológico no mundo: a primeira, antes dos 30 últimos anos do século XVIII, caracterizada pela máquina a vapor, a fiadeira e todo o processo de troca das atividades manuais pelas máquinas; a segunda fase da Revolução, cem anos depois, foi onde se desenvolveu a eletricidade, o motor a combustão, fundição do aço e das tecnologias de comunicação. Essas duas épocas foram a base para o início dos avanços tecnológicos da humanidade (CASTELLS, 2007, p.71).
Ambas as revoluções foram marcadas por diversas inovações nos setores agropecuário, industrial e de telecomunicações. Foi o marco para a criação de novos produtos. Houve transformações tecnológicas que mudaram o rumo das grandes economias, as quais, a partir de então, começaram a alcançar outros países que demonstrassem maior capacidade de estarem na vanguarda dos avanços tecnológicos.
A invenção da máquina a vapor é o fulcro da Revolução Industrial, não desmerecendo a posterior introdução de novos motores primários e motores primários móveis, ou seja, as máquinas que poderiam ser transportadas para qualquer lugar onde fosse necessário para se trabalhar.
Tratou-se de um grande avanço para as metodologias de trabalho para as empresas. Na segunda Revolução, a eletricidade foi o carro-chefe desse desenvolvimento tecnológico, posto que todas as áreas puderam se conectar entre si e desenvolver suas aplicações (MENDES, 2001)
Dessa forma, com o início da globalização, gerando maiores opções de novos mercados aos países engajados, como as duas fases da Revolução Industrial, foi o marco da história dos avanços tecnológicos da humanidade. Foi o início de grandes descobertas para curas de doenças, deslocamento para todos os cantos do mundo de uma forma mais rápida e segura, desenvolvimento de tecnologias de telecomunicação, melhorias na qualidade e quantidade de produtos em produção e maior qualidade de vida para a população.
Se o século XVIII foi a era dos sistemas mecânicos industrializados e o século XIX foi marcado como o século da máquina a vapor, então o século XX caracterizou-se como a Era da Informação, onde as principais tecnologias desenvolvidas são a informática e a telecomunicação (MENDES, 2001).
É sabido que houve grandes descobertas do homem em benefício da humanidade como a invenção do telefone por Bell em 1876, o rádio por Marconi, em 1898, da válvula a vácuo por De Forest em 1906, e a primeira transmissão da televisão na Alemanha em 1935. Entretanto, foi no período posterior que se desenvolveram as principais descobertas em eletrônica, como o primeiro computador programável e o transistor, considerados como o verdadeiro fator da inovação tecnológica no século XX.
A era da informação, segundo Castells (1999, p.76), baseia-se em três etapas:
i. Microeletrônicas: a invenção do transistor em 1947 pela Bell Laboratories, que proporcionou o processamento de impulsos elétricos de forma rápida e binária, permitindo assim a comunicação na linguagem das máquinas. Algumas décadas depois, em 1971, a invenção do microprocessador por Ted Hoff, ou seja, um computador de um único chip;
ii. Computadores: depois da descoberta dos chips, os computadores com suas placas-mãe vieram em seguida, mais precisamente na Segunda Guerra Mundial. Porém a primeira versão do computador comercial foi em 1951. Depois a IBM entrou no mercado com seu computador em 1953. Dava-se início, então, à disputa no mercado de computadores;
iii. Telecomunicações: foi marcado, em princípio, pela descoberta da tecnologia em nós (roteadores e comutadores eletrônicos), nova tecnologia de comunicação. O início ocorreu com a introdução do comutador eletrônico em 1969. Em meados dos anos 1970, desenvolveu-se a tecnologia dos circuitos integrados, fato que tornou os computadores analógicos obsoletos. Depois os avanços em fibras óticas e a laser permitiram o desenvolvimento das linhas de transmissão e a chegada em 1990 da banda larga marcaram essa época. Também, a telefonia móvel nos anos 90, permitiu a partir daí a abertura de mais um mercado o que seria um dos mais competitivos da historia.

Todos esses avanços tecnológicos favoreceram a criação da internet, que juntamente com o computador pessoal formariam a parceria mais utilizada do século XX. A liberação da rede para todos aconteceu em 1991, quando um grupo de cientistas do CERN - Laboratoire Européen pour la Physique des Particules decidiu tornar seu tempo de uso da Rede mais rápido, fácil e produtivo. Para isso, desenvolveram e acabaram por criar, em 1991, o serviço WWW (Word Wide Web ).
O início dos anos 2000 foi o auge da internet, atingindo altos índices de usuários que vem crescendo de forma avassaladora, tanto para uso pessoal como comercial. Para se ter uma idéia dessa rápida evolução, a Comscore, uma empresa de medição de características da internet, lançou em dezembro de 2008 uma relação dos 15 maiores países com maior número de internautas no mundo. Ao final dessa última década, o número de usuários de internet chega a mais de um bilhão e o Brasil aparece em nono lugar no ranking de acesso à rede mundial:

1 China: 179,7 milhões
2 EUA: 163,3 milhões
3 Japão: 60 milhões
4 Alemanha: 37 milhões
5 Reino Unido: 36,7 milhões
6 França: 34 milhões
7 Índia: 32,1 milhões
8 Rússia: 29 milhões
9 Brasil: 27,7 milhões
10 Coréia do Sul: 27,3 milhões
11 Canadá: 21,8 milhões
12 Itália: 20,8 milhões
13 Espanha: 17,9 milhões
14 México: 12,5 milhões
15 Holanda: 11,8 milhões
Tabela 1: Ranking dos 15 maiores países de acesso a internet.
Fonte: Comscore 2008.

Com a Era Informação, onde a comunicação pelo mundo flui com uma velocidade impressionante e de várias formas, as empresas também tiveram que se adaptar para acompanhar o ritmo da tecnologia.
A inserção de mercados e culturas de países em outros cenários gerou um aumento de empresas e consecutivamente um aumento de opções de produtos e serviços aos consumidores. Muito diferente do que era no início do século, mais precisamente em 1908, quando Henry Ford criou o primeiro carro a motor do mundo, cujo modelo T, que foi um sucesso, vendendo 15 milhões em cerca de 20 anos.
Certo de que foi o início dos automóveis, um grande avanço social e tecnológico, o Fordismo, teve sua maior alta na segunda guerra mundial, pois os carros foram uma importante ferramenta principalmente para os exércitos em combate. O Ford T, era da cor preta e com um só design. O consumidor não tinha opções por outros modelos ou cores. Diferentemente do que encontramos no final do século XX e início do século XXI, onde encontramos até vendas pela internet com entrega em domicílio. Ou até o consumidor fazer seu próprio produto pela rede, do jeito que ele quer como foi no caso da Nike, onde os consumidores faziam o tênis como queriam, com cores, formato e estilo de uso.
A partir daí, começou a surgir no mercado a competitividade, pois houve uma mudança de valores, onde que antes os clientes se adaptavam aos produtos, mas o esse cenário foi modificando, agora as empresas devem adaptar-se aos desejos e necessidades dos cliente, favorecendo a grandes competições entre as empresas de diversos mercados.

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